25/04/10

“UTILIZÁMOS A CRISE PARA FORTALECER A ECONOMIA”


Conforme a economia global emerge duma das piores crises desde os anos 30 do século passado, Yuval Steinitz conclui o seu primeiro ano como Ministro de Economia encarregado da economia nacional num período que tem sido dramático. Os primeiros dias do seu mandato foram tãi impredizíveis e incertos como a própria crise. Teve que enfrontar-se com uma economia em recessão, um desemprego em auge e um crescente déficit governamental.

Agora tudo semelha diferente. A economia tem saído da crise com os menores danos possíveis. Dá-se uma tendência de crescimento positivo, o desemprego está em declive e os impostos também baixam.

Ao mesmo tempo, sem embargo, existem cada vez mais segmentos da população, maioritariamente árabes  haredim, que não formam parte da força produtiva, o que contribui a incrementar a brecha económica e social. Nos estudos mais recentes, tem-se concluído que se corre o risco de que seitores inteiros da população não recebam uma educação moderna e, portanto, careçam das ferramentas necessárias para serem capazes de incorporar-se à engranagem laboral.


Numa entrevista exclussiva com “The Jerusalem Post”, Steinitz expõe os projectos do Ministério para afrontar estas questões e os retos de futuro, incluída a formulação dum novo plano económico para converter a Israel num centro tecnológico do mundo financieiro.

JP: Como ressumiria o seu primeiro ano no posto?

YS: Há umas três semanas que rematei o meu primeiro ano no cárrego. Este foi um dos anos mais dramáticos na economia. Quando tomei possessão o 31 de Março do ano passado, a economia israeli, como todas as do resto do mundo, estava caíndo em picado numa crise. Existiu um sentimento de pânico e uma grande incertidume durante muito tempo. Por vez primeira nos últimos 30 anos tínhamos um crescimento negativo e existiam predicções de que o desemprego poderia alcançar o 10% no verão de 2009.
O déficil público em 2008 e 2009 chegava à cifra dos 86 bilhões de shekels, o maior na história de Israel, e as exportações caíram num 32%,,, o qual é uma catastrofe para qualquer país, mas em particular para um país como Israel, onde as exportações supõem o 50% do PIB –comparado com o 20% que suoe no caso dos EEUU. Portanto, se perdes a terceira parte do 50% da tua economia, isto é uma catastrofe, e em conseqüência os pronósticos em desemprego,déficit e rátio de déveda interna eram tão desalentadores que houvo muita gente, incluíndo destacadas figuras da economia, que me desaconselharam aceitar o posto, considerando-o uma causa perdida.

Rematámos o último trimestre de 2009 co peto dum crescimento positivo do 5%. E embora aínda não contamos com dados finais para o primeiro trimestre deste ano, podo antecipar que semelha que este trimestre foi tão exitoso como o último de 2009. Somos um dos escasíssimos países, junto com Suíça, que teve crescimento positivo no conjunto do 2009, para além dos complicados inícios. Lográmos ralentizar o veloz crescimento do desemprego a finais do verão, até o ponto de que começou a baixar até a taxa actual do 7’5%, mentres que as exportações se recuperaram num 25%.

A nível internacional, já seja pelo Fundo Monetário Internacional, a OCDE ou os bancos de invetimento internacionais, Israel é contemplada como um caso exitoso na gestão da crise, semelhante ao de Noruega e Austrália.

A partir do primeiro trimestre do ano passado, quando a economia se contraiu a um índize anual do 3’1%, começou a recuperação, crescendo um 1’2% no segundo trimestre e um 3% no terceiro. Impulsada por um acelerado crescimento no último trimestre do 2009, que foi revisado à alça a partir dum 4’4% inicial até o 4’8%, a economia expandiu-se um 0’7% no total do ano, em oposição à contracção do 4% do 2008 e do 5’2% do 2007. Comparativamente, outras economias membros da OCDE experimentaram uma contracção do 3’5% no 2009. À luz dos potentes indicadores económicos, o Banco de Israel vem de incrementar o seu pronóstico de expansão para o 2010 passando do 2’5 ao 3’5%.


JP: Como sobrelevou Israel a crise global?

YS: As políticas económicas que emprendimos para enfrontar-nos à crise global foram completamente distintas às do resto da comunidade internacional. Na maioria dos países, a finais de 2008, a percepção era que a economia estava esmorecendo, havia um crack creditício, o crescimentoestava decelerando-se significativamente, e a principal prioridade era a necessidade dum tratamento de choque que proporcionasse oxígeno. Em economia, o oxígeno é sinônimo de infiltrar liquidez para promover o crescimento baseando-se nasreceitas keynesiãs; algo que se fixo aplicando três medidas: reducção de impostos, botar uma mão às companhias e bancos, e mediante planos de estímulo.

O problema desta política é que o dinheiro custa muitíssimo mais dinheiro. Inclusso quando consigues salvar a economia, tens hipotecado o futuro do país e da sociedade com essas medidas para saír do passo e, portanto, haverás de pagar um preço no futuro e a recuperação será muito lenta. Os países enfrontarão-se a um elevado déficit e haverão de aumentar aínda mais os impostos para financiá-lo. Assim, muitos países acharam-se ante uma situação de pânico vendendo o futuro para salvar o presente.
Nós figemos tudo o contrário.

Nós decidímos salvar a economia, não mediante a implementação de planos a curto praço, senão que a nossa prioridade foi estabelecer planos a longo praço para os dois, três ou quatro anos vindeiros. Para nós o melhor plan de estímulo não foi o de injectar dinheiro na economia, senão o oposto, amosar que podíamos planificar um futuro melhor depois da crise. A ideia foi utilizar a crise para fortalecer a economia.

Um dos melhores exemplos é que lográmos, durante um período de crise, aprovar um orçamento bianual (para 2009-2010) por vez primeira na história de Israel. Formulámos um plano de déficit decrecente a cinco anos vista, para assim is diminuíndo o déficit gradualmente do 6% de 2009 ao 3% para 2012, e ao 1’5% em 2013 e o 1% em 2014. Mentres outros países –os EEUU, Europa e Ásia- recurtam impostos, nós aumentamo-los. O passado verão incrementamos temporalmente o VAT [equivalente do IVE] do 1 ao 16’5% para 2009 e 2010, e acrescentamos os impostos sobre o gas e o tabaco.

Mentres muitos países estám agora começando a aumentar os impostos, nós temos previsto começar a recortá-los. O plano consiste em reduzir os ingressos e os impostos das empresas até 2016 num 1% annual, começando em Janeiro deste ano. Os impostos sobre ingresos reduzirão-se do 46% ao 39% e os impostos a empresas do 26% ao 18%.

O nosso método para afrontar a crise foi preparar planos a longo praço na assumpção de que na economia não só o o presente tem impacto no futuro, senão que o futuro também tem impacto no presente. Levámos a teoria das causalidades retrospectivas até o seu extremo, e a convertimos no nosso lema e ideologia para afrontar a crise. Como resultado, temos logrado saír da crise mediante o mais barato e eficaz planoi de estímulo, porque não tivemos que gastar dinheiro.


JP: Olhando para adiante, como está usando a crise o Tesouro Público para fortalecer a economia?

YS: Achamo-nos numa situação na que a economia pode crescer mais forte, dado que temos logrado saír da crise numa situação de ventagem em três aspectos. Primeiramente, no que respeita ao desemprego: na maioria dos países occidentais, o desemprego tem aumentado por riba do 10%, e in clusso uma vez superada a crise tardarão anos em reduzir o desemprego. Nos EEUU, por exemplo, as expectativas são que levará cinco ou seis anos reduzir o desemprego aos níveis prévios à crise.

Mentres que nós estamos hoje num 1% por riba da taxa de desemprego prévia à crise, agardamos que aínda seja menor e alcançar os níveis anteriores à crise a começos de 2011, se não a finais deste mesmo ano.

Em segundo lugar, o nosso endevedamento público tem aumentado levemente do 78 ao 80%, em comparação com outros países onde se tem incrementado em mais de 10 pontos. Se tudo vai como agardamos, regressaremos à rátio do 78% a finais de 2010, ou inclusso a um nível inferior do 77 ou 76%. Portanto, mentres outros países estarão numa situação pior no que a déveda respeita, nós provavelmente estaremos numa melhor situação que antes da crise a finais deste ano.

Terceiro. A forma em que o país tem sobrelevado a crise tem fortalecido o prestígio da nossa economia internacionalmente, e isto supõe um atractivo acrescentado. As agências de avaliação global não têm degradado o índize do nosso país. No ponto álgido da crise o nosso índize foi inclusso acescentado pelo Índize MSCI dos países desenvolvidos. Ao mesmo tempo, logramos alcançar todos os requisitos de acceso para incorporar-nos à OCDE a começos deste ano, e apenas nos resta cumplimentar algumas formalidades nos próximos meses. Aínda mais: o FMI tem concedido à nossa economia qualificações muito altas, até o ponto de estar considerando recomendar a todos os países que adoptem o nosso plano orçamentário bianual.

Agora o nosso objectivo prioritário é o de tomar ventagem dos benefícios acumulados pela crise, de modo que ponhamos as bases dum forte crescimento económico nos anos vindeiros. Neste momento, estamos no processo de formular um novo plano económico, que estará concluído dois ou três meses antes de que enviemos os orçamentos para a sua aprovação.


JP: Quais são as bases principais desse novo plano económico?

YS: Antetudo, tras a crise vamos entrar num cntexto muito competitivo, dado que todos os países tratarão de reactivar as suas economias. Muitos países têm optado por transformar as suas economias da indústria tradicional a indústrias de alta tecnologia e, portanto, a competência será feroz. Doutra banda, já contamos com a ventagem da expectativa dum entorno com reducção impositiva, o qual nos fazerá mais atractivo em termos de investimento.

No novo plano económico ponheremos o foco num maior desenvolvimento e num crescimento acelerado das indústrias avançadas, quer dizer, das hi-tech num sentido amplo. Não apenas alta tecnologia no que se refire a computação e informação, senão hi-tech num amplo espectro, incluíndo biotecnologia, indústria de defesa, agrotecnologia e recursos médicos.

Para além disso, vamos apoiar o desenvolvimento de sistemas avançados e serviços tecnológicos para o mundo financieiro.
Este é um seitor grande e em auge. Queremos converter Israel num centro que proporcione também serviços tecnológicos a nível global aos bancos, instituições financieiras, companhias de seguros e banca de investimento. Estamos considerando também importar serviços financieiros e transformar o país num centro financieiro –não até o ponto de competir nesse seitor com Londres ou New York, mas sim como reforço.


JP: Que vam fazer para implementar o novo plano económico e ampliar o campo da invação tecnológica?

YS: As medidas que estamos tomando em consideração incluim regulações para estimular que as companhias estrangeiras estabeleçam filiais aqui, como já é a tendência de mais e mais companhias, não apenas dos EEUU senão também de Europa e China, que se amosam interessadas na medide em que entendem que estar na avangarda tecnológica implica ter um centro de investigação e desenvolvimento em Israel, como Google, Intel, Microsoft, Cisco ou Motorola. E não só entre as companhias de alta tecnologia, senão também nas ferroviárias, aeronáuticas ou as companhias de infraestruturas, e inclusso a banca.

Estamos estudando modificações para a Lei de Fomento de Investimentos de Capital. Estamos trabalhando com grandes científicos para promover programas que apoiem objectivos de desenvolvimento tecnológico. Temos anunciado já uma partida de um bilhão de shekls para a posta em marcha de empresas biotecnológicas de capital mixto. Vamos promover um comitê orientado a procurar soluções com as que agilizar que se fagam aqui negócios, simplificando os processos e removendo as barreiras burocráticas, incluíndo a planificação de negócios para que Israel resulte mais atractiva ao investimento exterior.

Também consideraremos benefícios impositivos e garantir programas e partidas orçamentárias para a investigação científica e universitária, num esforço por sermos mais competitivos –contrariamente ao que se passa no seitor educativo norteamericano. O Governo vem de aprovar a apertura de centros de excelência acadêmica no país com um orçamento de 500 milhões de shekls, com o que se pretende estimular o regresso de 500 professores isrealis principalmente dos EEUU.


JP: Para além do relativo éxito da economia ante a crise e o tendência à baixa da taxa de desemprego, aínda há uma boa parte da população não integrada na força produtiva e que não contribui à riqueza económica que temos desenvolvido. O último informe do Taub Center amosa que nos estamos convertendo cada vez mais numa sociedade onde alguns seitores da população, principalmente os haredim e os árabes, não estám recebendo uma educação moderna, que carecem de ferramentas e, portanto, não são capazes de integrar-se no sistema produtivo. Como afrontam este problema?

YS: Existe um problema que, para além disso, é um problema de índole social. Sim, contamos com dois seitores da população, árabes e haredim, com uma baixa participação na força produtiva, que geram pobreza e constituim um problema económico. Estou dacordo que num futuro a longo praço devemos integrar a estes dois seitores. Não temos outras opção se não desejamos que o anterior ciclo de crescimento económico promova uma fratura social aínda maior entre árabes e haredim duma banda e o resto da população doutra crescendo mais forte e obtendo mais benefícios.

Afrontar esta situação, a da integração de árabes e haredim na força produtiva, é a outra cara da moeda do nosso plano económico tras termos promovido ferramentas de crescimento. Estamos estudando o modelo de Modi’in Illit, onde se têm estabelecido centros de alta tecnologia para integrar ao seitor haredi, especialmente às muheres, com apoio do Governo. Existe uma grande vontade de integrar aos haredim, se amosam a sua cooperação, no seitor hi-tech, especialmente na franxa inferior das hi-tech, chame-se externalização ou trabalho de oficinas.

Estamos trabalhando em programas para a integração das mulheres e os homens haredim na força produtiva. Possuem boas qualidades de base e uma famosa ética laboral.O que ecessitamos é adaptar as instituições educativas e os centros de trabalho e entorno às suas necessidades, incluíndo um horário laboral adequado. Quando observamos as comunidades haredim de New York, temos que arredor do 80% trabalham, também os homens. O modelo de Modi’in Illit tem demonstrado ser um modelo válido para o trabalho duma comunidade haredi dotada duma ética de trabalho, e necessitamos adaptá-lo e desenvolvê-lo noutras partes do país.

No que respeita ao seitor árabe, o problema é diferente. A dotação dum orçamento de 800 milhões de shekls que foi aprovada pelo Governo há um mes, para que vários centros árabes criem emprego e desenvolvam a economia, é o primeiro paso nos nossos esforços. Temos disposto um fundo de 160 milhões de shekls que financiará inestimentos em alta tecnologia e start-ups no seitor árabe. Há muitos licenciados árabes que estám sem emprego e que poderiam incorporar-se ao seitor da alta tecnologia, já seja externalizando-se ou para desempenhar trabalho de oficina em companhias israelis ou estrangeiras. Estamos plantejando-nos seriamente incorporar árabes e haredim a indústrias avançadas, de modo que os seus salários também sejam acordes. A ideia é ampliar o Silion Valley israeli, actualmente localizado entre Kiryat Gat e Ashdod duma banda e Haifa doutra, a Galilea e o Negev, assim como às comunidades árabe e haredi.


JP: Um informe muito recente do Banco de Israel sinalava que, embora muita gente se está incorporando à força produtiva, o número de trabalhadores precários, que não ganham o suficiente como para sustentar a sua família, tem aumentado. Que se tem feito mal?

YS: Primeiro necessitamos observar essas cifras mais de perto. Os números isolados não nos proporcionam um quadro adequado na medida em que, por exemplo, algumas pessoas trabalham a tempo parcial e outras desenvolvem empregos ilegais, com o que os seus salários não estám necessariamente ajustados à realidade. Neste contexto, um dos principais assuntos que estamos tratando é o da reducção do número de trabalhadores estrangeiros ilegais, o que nos ajudará a crescer e reduzir as diferenças sociais durante os próximos cinco anos.

Os trabalhadores estrangeiros, sejam de Tailândia, as Filipinas ou África, estám ocupando os empregos dos trabalhadores israelis, especialmente os empregos pior pagados, como limpeça, restaurantes, hoteis e cuidado de ancianos. Estamos no segundo posto a nível mundial na percentagem de trabalhadores estrangeiros, que constituim o 8’5% da força produtiva, tras Áustria com um 11% e uma média do 5’5% os países da OCDE. Doutra banda, o  crescimento acompanhado dum grande fluxo de trabalhadores estrangeiros num país em expansão é o caldo de cultivo para aumentar a brecha nas diferenças sociais.

Em termos gerais, num sistema económico cada quem deveria ser capaz de beneficiar-se igualmente dum forte crescimento, especialmente nos trabalhos pior remunerados, seja limpador, cozinheiro ou garda de seguridade. Mentres os engenheiros de alta tecnologia durante os últimos 20 anos têm ganhado mais e mais, dado que o seu seitor cada vez ingressa mais, o seitor da limpeça, que também deveria estar ganhando mais, acha-se com o influxo de mais de 300.000 trabalhadores estrangeiros que compitem especialmente nestes trabalhos de baixo custe. Como resultado, aqueles não ganham mais, simplesmente porque se solicitam um aumento de salário, correrão o risco de serem reempraçados por mão de obra disposta a cobrar menos. Portanto, boa parte do problema da diferência sócio-económica nos últimos 20 anos pode ser explicada pela irrupção dum crescente número de trabalhadores estrangeiros, o que leva a um crescimento desigual dos salários no mercado de trabalho.

Com o preço da vivenda chegando a cifras récord durante o passado ano, no meio da escasez de vivendas, especialmente vivendas confortáveis, têm-se cursado uma série de propostas à Knesset, incluíndo a cancelação de exenções impositivas, encaminhadas a reduzir o preço da vivenda. Uma das mais recentes propostas que está sendo estudada é a cancelação dos ganhos de capital na exenção impositiva na venda de apartamentos residenciais.

JP: Contempla o Ministério de Economia a possibilidade de cancelar o imposto de ganhos de capital imobiliário? Apoia você essa proposta?

YS: Aínda não discutim esta questão com a minha equipa. Temos debates internos dentro do Ministério permanentemente, e é a nossa obriga contemplar as distintas propostas, existindo naturalmente diversas opiniões numa direcção ou outra. Mas não há nada decidido neste tema. Portanto, de momento não posso dizer se apoiarei a proposta, dado que aínda não a tenho examinada a fundo.


JP: Está o Ministério examinando outras medidas para reduzir os preços imobiliários?

YS: Temos iniciado acções e estamos observando signos de deceleração na alça dos preços da propriedade nos primeiros meses do ano. Estamos adoptando medidas para aumentar o parque de vivendas pondo no mercado mais solo. Em 2009 pugemos mais que em 2008, e em 2010, com a ajuda do Ministério de Economia, a Administração de Terras de Israel ofertará mais terrenos que em 2009.

Para dimnuir os preços da propriedade temos tomado duas medidas. Subir as taxas de interesse, que frea o atractivo de adquirir vivendas com fins especulativos. Isto pode supôr, a câmbio, uma baixada de preços na propiedade em tanto que a gente adquira vivendas porque as necessitam e não necessariamente com fins especulativos. Uma das principais razões do auge de preços no mercado imobiliário foi a baixa taxa de interesses. Quando o dinheiro está demassiado barato, a gente compra de tudo, incluíndo vivenda. Em segundo lugar, a reducção do 0’5% do VAT [IVE], que teve efecto a primeiros de Janeiro, também tem contribuído em certo modo a frear a alça de preços.


JP: Está-se produzindo uma burbulha no mercado imobiliário?

YS: Não acredito que estejamos asistindo a uma burbulha imobiliária. Não é uma burbulha, senão um incremento dos preços reais resultado da oferta e a demanda reais. Sem embargo, isso não significa que não seja preocupante; inclusso pode que seja mais preocupante. De tratar-se duma burbulha, não seria senão uma ficção. Mas aquí o que temos é uma situação real de aumento dos preços reais devido a uma diminuição real da oferta.


JP: Que nos pode dizer da utilização de vastas áreas no Negev com as infraestruturas adequadas?

YS: Essa é uma parte da reforma que estamos acometendo, e que inclui a implementação duma melhora das infraestruturas no Negev e Galilea. Tras um encontro celebrado com o Primeiro Ministro e o Ministro de Transportes aprovamos um orçamento de entre 100 e 200 bilhões de shekls dentro dum amplo compromiso que melhorará as conexões de transporte através de estrada e ferrocarril com o Negev e a Galilea. Com o qual, para além disso, contribuiremos a promover a vivenda residencial nessas áreas.



23 de Abril de 2010

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