29/04/10

IVÁN PRADO, RETRATO DUM NEONÁZI



Existe uma tipologia induzida no imaginário colectivo, à hora de pensar o movimento názi, que remite ao rebanho de mozalbetes cujas avoas pelegrinam cada 20 de Novembro ao Val dos Caídos, ou aos quinze lunáticos que se congregam na Livraria Europa de Barcelona para adquirir de estraperlo os libelos de Finkelstein e Faurisson. São názis, certamente, mas názis de vitrina, de pontual efeméride no calendário. Constituim uma minoria delirante e estrambótica à que cumpre considerar, quase, com a distraída curiosidade do entomólogo. São os resíduos do nazismo esnobe, de chamativa parafernália e aguilucho no relógio dos que Jorge Verstringe, ponho por caso, seria epifenômeno bem ilustrativo. Hoje em dia estám em franca decadência, e passada a barreira dos trinta anos, têm ido pregando velas e recolhendo-se no seu âmbito natural. Quer dizer, procurando acomodo nalgum posto dentro do PSOE ou nalguma Fundação de progresso onde purgar os seus pecados juvenis mentres vam fazendo caixa, arrinconada já entre naftalina a camisa azul.

Junto a esses, porém, entre nós, no cotidiano, dá-se outra variante mais extendida de neonázi que me atrevo a qualificar como avondo mais perigosa, porque é o názi camuflado, o názi que se disfarça de alternativo e ántifascista para passar desapercebido. É o neonázi que vai com camiseta do Ché –ou sem camiseta do Ché-, com o pano muyaidin, ou sem ele, e que ninguém ousará dizer que é um fascista porque tem patente de “esquerda de toda a vida”, tem carné dum sindicato, faz bandeira do indigenismo, ódia a odiosa liberdade do odioso mercado, e detesta o ópio de toda religião (a condição de que essa religião não seja o Islám). Por exemplo Ariadna Jové ou Xabier Pérez Igrexas. Por exemplo Iván Prado. E assim. Estes são os únicos neonázis que eu reconheço.

O zurupeto que vem de ser empaquetado de volta desde Israel por indesejável, o tal Iván Prado, pertence a este extendidíssimo subgrupo de seguidores do Mein Kampf de que vos falo.

Este zascandil, que já estivera no 2002, com outros colgados como ele, montando algaradas e distúrbios, pretendia que o Estado de Israel lhe fazilitasse a entrada novamente –não sei se inclusso sendo recebido com uma alfombra vermelha- para poder planificar durante 15 dias os ataques contra a barreira de seguridade e outra série de “happenings” circenses que tinha previsto protagonizar no vindeiro outono. Acompanhava-o uma árabe que se chama não-sei-que Quintela, e que é vicepresidenta da Asociación Galiza por Palestina, um cenáculo islamonázi que faz permanentes chamamentos ao boicote do Estado Judeu e que, junto com o BNG e outros grupúsculos nacionais (e) socialistas, promoveu a manifestação de ódio judeófobo que no 2009 mancharam de vergonha a alameda e as ruas de Compostela.

Numas Crônicas Palestinianas redactadas à maneira das do seu admirado vizinho Miguel Anxo Murado, e que podedes lêr completas na página web do referido colectivo que apoia a Yihad na Galiza, este memo tem posto negro sobre branco barbaridades como as que seguem a continuação. Bem é certo que alguns destes escólios culmem do pensamento contemporâneo já os teredes atopado nas prosas de Beiras, Saramago, Pániker ou Marujita Torres. Mas, repito, não as atribuades à “extrema direita” pátria ou forânea, que têm copyright na pruma do altermundialista Prado:


No aeroporto de Ben Gurion voume para enriba dun armario con patas e traxe de torturador e pregunto pola miña amiga (…)

Veu como un helicóptero israelí mataba diante dos seus ollos un rapaz que coma el apenas pasaba dos 12 anos. O seu delito era xogar ao fútbol e non chamarse Ronaldinno nin Raúl, senón simplemente Mohamed (…)

Os israelís mantéñense en Palestina a costa de matar, torturar e humillar a poboación civil que ten como horizonte o Mediterráneo e as súas oliveiras (…)

Hai algo esencial en Palestina, algo vital contra o que a maquinaria nazi dos israelitas non pode (…)

No noso terceiro día en Qalqilya, acompañados de varios compañeiros palestinos do Frente Popular, (decidimos) levar a cabo unha acción de rebeldía pallasil contra a construción actual [o muro] que máis vulnera os dereitos humanos no mundo. Un sistema carcelario imposto a un país enteiro que se ve atravesado por unha ferida de cemento gris e xenocida (…)

Acaso hoxe o goberno israelí que se di democrático non está reproducindo unha versión actualizada e tecnificada do nazismo?(…)

Esta noite volveremos a esa casa con rastros da violencia xudea e volverei
pechar os ollos sen saber se cando os abra terei un neno sionista apuntándome cun 16 mm. (…)

En Palestina calquera escusa é boa para sair da rutina xenocida, así que a controversia barsa "rial" madrid é o primeiro tema de conversación que se nos presenta pola rúa (…)

O que está sobre a mesa é se a humanidade está disposta a seguir permitindo este novo holocausto ou non (…)

Israel non é un país, é unha maquinaria -perfectamente engraxada- de expoliar, destruir, mentir e exterminar a unha poboación civil que ante tanques ten pedras, ante helicópteros, ten cometas e ante cabezas nucleares só conta coa súa dignidade e séculos de historia.

Etc.


Paga a pena continuar? Paga a pena, escandalizados senhores de Vieiros, Xornal, ANT, La Voz  e todos os demais –que neste tema sodes perfeitos clônicos- tratar de dar uma explicação pormenorizada de por que no único Estado não yihadista e democrático do Meio Leste não estám dispostos a receber, outra volta, a este “palhaço” consumidor de farlopa que apoia o terrorismo islamista com o mesmo argumentário que utiliza Jean Marie Le Pen?

O Festiclown, uma entidade subvencionada por Zapatero, denunciou que “as actuações das autoridades israelís demonstram a total impunidade do seu Governo por privar ao povo palestiniano dos seus direitos”. Neste caso, com a expulsão de Iván Prado (sic). Suportar a um propagandista do ódio é um direito?? Negar a entrada dum filoterrorista no país é agir com impunidade?? Um monumento ao funcionário do Aeroporto Ben Gurion!!, isso é o que tinham que erigir os palestinianos normais –se é que vai quedando algum- por evitar que lhes fosse emponzonhar durante quinze dias este saco de basura, e de passo a incitar às suas crianças para que acudam borrachas a deixar-se romper a crisma na “movida dos venres” de Ni’ilim contra as IDF. Como fazia a sua colega Ariadna Jové até que lhe botaram o lazo, claro. Iván Prado? Outro neonázi com nariz de palhaço.

Postas a escolher, eu quedo-me com Fofó.


SOPHIA L. FREIRE


Sem comentários:

Enviar um comentário