26/12/09

LAWRENCE DE JUDEA



T. E. Lawrence –mais conhecido na Grande Bretanha e no Meio Leste como Lawrence de Arábia- foi durante toda a sua vida um grande promotor das aspirações nacionais árabes. Em 1917 e 1918 participara como oficial na revolta árabe contra os turcos, uma revolta liderada por Sharif Hussein. Foi também conselheiro do filho de Hussein, Feisal, a quem agardava ver algum dia no trono de Síria. Para varias gerações de arabistas britânicos, Lawrence foi e segue sendo um símbolo da comprensão britânica e do apoio à causa àrabe. Praticamente desconhecida, sem embargo, é a sua comprensão e apoio às aspìrações nacionais judias na mesma época.

A mediados de Dezembro de 1918, um mes depois do remate da 1ª Guerra Mundial, Lawrence foi uma peza capital na consecução dum acordo entre o Emir Feisal e o dirigente sionista, o Dr. Jaim Weizmann. O enconbtro teve lugar no Hotel Carlton de Londres (un edifício que tempo depois sucumbiria ao blitz sobre a capital britânica na 2ª Guerra Mundial). Neste encontro, Lawrence agiu de intérprete. Weizmann assegurou a Feisal que os sionistas seriam quem de levar a cabo em Palestina “obras públicas de longo calado” e que o país “avanzaria até tal ponto que haveria lugar para dar acolhida a quatro ou cinco milhões de judeus, sem necessidade de alterar os direitos de propriedade dos camponeses árabes”.

Tal e como escreveu Weizmann nas suas notas sobre a reunião, Feisal explicou que “seria curioso que houver fricções entre judeus e árabes na Palestina. Não tem havido fricção em país algum onde árabes e judeus vivem juntos. Ele [Feisal] não acreditava em absoluto que houver escasez alguma de terras na Palestina. Os residentes sempre teriam avondo, especialmente se o país experimentava um desenvolvimento. Para além do qual, haveria suficiente terra no seu distrito”.

O 3 de Janeiro de 1919, Feisal e Weizmann encontraram-se novamente em Londres, para asinar um “Acordo entre o Rei dos Hedjaz e os Sionistas”. Lawrence, que foi novamente o fio condutor deste acordo, agardava que isto assegurasse o que ele, Lawrence, qualificou como “as linhas da convergência das políticas árabe e sioinista num próximo futuro”.

O 1 de Março de 1919, Lawrence, mentres estava em Paris como representante britânico com a Delegação Hedjaz, escreveu de punho e letra uma carta de Feisal dirigida ao sionista estadounidense Felix Frankfurter. Neste documento, Feisal declarava, “Nós, os árabes, especialmente os que temos recebido uma educação, olhamos com a mais profunda simpatia o movimento sionista”. Feisal foi para além ao afirmar que Weizmann “tem sido uma grande ajuda à nossa causa, e agardo que os árabes estejam bem cedo em posição de dar algo a câmbio aos judeus pela sua amabilidade. Estamos trabalhando juntos por um Oriente Próximio reformado e revitalizado, e os nossos dois movimentos complementam-se mutuamente”. O movimento judeu, continuava Feisal “é nacioinal, e não imperialista: o nosso movimento é nacional e não imperialista, e há sítio em Síria para ambos. É mais, acredito que nenhum de ambos trunfará se não o faz o outro.”. Acrescentava depois Feisal, com palavras rotundas e optimistas: “Agardo, e o meu povo agarda comigo, um futuro no que vos ajudaremos e vos nos ajudaredes, de modo que os países nos que estamos mutuamente interessados poidam uma vez mais ocupar o seu lugar na comunidade dos povos civilizados do mundo”.

Se o apoio de Lawrence às aspirações nacionais judias não era conhecido para os seus contemporâneos, talvez sim que era intuído. A começos de 1920, mentres Lawrence preparava as suas memórias de guerra durante a Revolta Árabe para a sua publiucação, escreveu ao autor Rudyard Kipling para perguntar-lhe se estaria disposto a lêr as provas do seu livro “Os sete pilares da sabiduria”. Kipling contestou que estaria encantado de ver as provas, mas que, se a resultas disso deducia que Lawrence era “pro-Yid” [sic] enviaria-lhe de volta as provas sem tocar.

Kipling estava angustiado pelo pensamento de que Lawrence puidesse ser pro-judeu. E, sem dúvida, a visão de Lawrence da evolução potencial do Fogar Nacional Judeu no Mandato Britânico de Palestina não era para nada hostil das aspirações judias. Num artigo intitulado “O Leste cambiante”, publicado na influínte revista “Round Table” em 1920, Lawrence escreveu sobre o “experimento judeu” em Palestina que era um “esforço consciente, por parte do mais pequeno povo de Europa, de afrontar o vento dos tempos, e regressar uma vez mais ao Oriente donde vinham”.

Lawrence sinalava sobre os novos imigrantes judeus: “Os colonos levarão com eles à terra que ocuparam durante alguns séculos antes da Era Cristã o conhecimento e a técnica de Europa. Propõem-se assentar-se entre a população árabe-falante do país que lá existe, uma gente de orige semelhante, mas diferente condição social. Agardam ajustar o seu modo de vida ao clima de Palestina, e através do exercício das suas capazidades e do seu capital levá-la a ser tão elevadamente organizada como um Estado europeu”.

Tal e como Lawrence o concebia no seu artigo em “Round Table”, este assentamento levaria-se a cabo dum modo que seria beneficioso para os árabes. “O éxito do seu programa”, escrevia dos sionistas, “vai supôr inevitavelmente o crescimento da actual população árabe no seu próprio nível material, só um pouco depois que eles em quanto a tempo, e as conseqüências poderiam ser da máxima importância para o futuro do mundo árabe. Poderia supôr uma fonte de abastecimento técnico que os figesse independentes da industrializada Europa, e nesse caso a confederação poderia chegar a converter-se num formidável elemento de poder mundial”.

Semelhava a Lawrence –ao igual que a Winston Churchill quando discutiu a questão da eventual soberania judia com os membros da Comissão Peel em 1937, pouco depois da morte de Lawrence- que levaria muito tempo antes de que se formasse uma maioria judia. Tal contingência, escrevera Lawrence no seu texto da “Round Table”, “não sucederá na primeira nem sequer na segunda geração, senão que apenas deverá ser tida em consideração de fraquear as bases do império na Ásia occidental”. Estas, a muito longo praço, “podem permanecer ou cair em função do esforço sionista”.


Quando Churchill passou ser secretário colonial em Janeiro de 1921, propus que Lawrence fosse o seu conselheiro de assuntos árabes. Nos começos do seu cometido, Lawrence encabeçou as conversas com Feisal sobre a promesa da Declaração Balfour da Grande Bretanha dum Fogar Nacional Judeu em Palestina. Informando destas conversas a Churchill numa carta datada o 17 de Janeiro de 1921, Lawrence chegava a afirmar ao novo secretário colonial –responsável de perfilar os termos do Mandato Palestiniano- que a câmbio da soberania árabe em Bagdad, Amman e Damasco, Feisal “aceitava renunciar a todas as exigências do seu pai sobre Palestina”.

Estas novas foram bemvindas por Churchill, mas havia um problema. Dado que os franceses já estavam instalados em Damasco, e não desejavam ceder o sítio a Feisal ou qualquer outro dirigente árabe, Churchill propujo dar a Feisal, em vez do trono de Síria, o trono de Irak, e ao mesmo tempo dar ao irmão de Feisal, Abdula, o trono de Transjordânia, a parte do Mandato Britânico na Palestina que ficada ao leste do rio Jordão. Instalando um dirigente árabe em Transjordânia permitiria utilizar Palestina Occidental –a área comprendida entre o Mar Mediterrâneo e o Rio Jordão, e que actualmente é o que comprende Israel e o West Bank- para ubicar o Fogar Nacional Judeu sob controlo britânico, onde os judeus, em palavras de Churchill, “viviriam por direito, e sem sofrimentos”.

Informado por Lawrence o 17 de Marçó de 1921 na Conferência do Cairo, Churchill explicou aos oficiais lá reunidos que a presença dum dirigente árabe sob controlo britânico ao leste do Jordão permitiria à Grande Bretanha evitar agitações ánti-sionistas procedentes da parte árabe do rio. Em apoio deste ponto de vista, o próprio Lawrence dixo ante a Conferência, como recolhem os memorándums secretos: “Ele [Churchill] acredita que em quatro ou cinco anos, baixo a influência duma política justa” a oposição árabe ao sionismo “terá diminuído, se não desaparecido por completo”.

Lawrence continuou explicando à Conferência que “seria preferível utilizar Transjordânia como válvula de seguridade, promovendo um dirigente sobre o que poidamos exercer pressão, para conter o ánti-sionismo”. O dirigente “ideal” seria “uma pessoa que não for demassiado poderosa, e que não seja residente de Transjordânia, mas que responda ante o Governo da sua Majestade do seu cometido”. O melhor dirigente para esse posto, acreditava Lawrence, seria o Emir Abdula, o irmão de Feisal.

A presença de Lawrence de Arábia na Conferência do Cairo foi de proveito inestimável para Churchill no seu desejo de ajudar a estabelecer um Fogar Nacional Judeu na Palestina. A amizade de Lawrence com os dirigentes árabes, com quem combateram durante a Revolta Árabe, e o conhecimento das suas debilidades, assim como das suas fortaleças, era semelhante à sua comprensão das aspirações sionistas. Em Novembro de 1918, no primeiro aniversário da Declaração Balfour, Lawrence dissera a um jornal britânico judeu: “Falando totalmente como um não-judeu, vejo nos judeus os importadores naturais da léveda occidental tão necessária para o Oriente Próximo”.

O 27 de Março de 1921, dez dias depois das propostas de Lawrence no Cairo, Churchill enviou-no de Jerusalém a Transjordânia para explicar a Abdula que a sua autoridade remataria na beira leste do Rio Jordão; que os judeus se estabeleceriam nas terras entre o Mediterrâneo e o Jordão (“Palestina Occidental”); e que ele, Abdula, deveria sofocar toda actividade ánti-sionista e toda agitação entre os seus seguidores.

Ao dia seguinte, em Jerusalém, Lawrence, Churchill e Abdula foram fotografados na Casa do Governo Britânico: Churchill coberto contra o frio, Lawrence com uma chaqueta escura e garavata, Abdula em uniforme militar com pano árabe. No seu encontro aquele dia, Abdula aceitou limitar a sua área de controlo a Transjordânia e reprimir qualquer acção contra o Fogar Nacional Judeu previsto no Mandato Palestiniano occidental do Jordão.

Lawrence ajudara, portanto, a que a construcção do Fogar Nacional Judeu puidesse continuar. Também era consciente do potencial daquele fogar nacional: doze anos antes da Conferência do Cairo, mentres viajava através da Galilea arredor do Tiberíades, reflexionou sobre os dias gloriosos da região na época romana, e sobre os assentamentos agrícolas judeus que vira na sua viagem. Escrevendo a casa o 2 de Agosto ded 1919, explicava: “Galilea foi a província mais romanizada de Palestina. O país estava bem povoado e regado de água artificialmente. Palestina foi um decente país daquela e fazilmente pode volver a sê-lo. Quanto antes cheguem os judeus, melhor: as suas colônias são brilhantes pontos no deserto”.

O resto é bem conhecido. As “brilhantes pontos no deserto” evoluíram num próspero Estado baseado na capazitação e o capital que Lawrence vislumbrara décadas antes. É dificil saber como teria respondido ante a crescente intransigência do mundo árabe ante a presença judia no Mandato Britânico, abandoados aos seus violentos intentos de destruir o Estado Judeu aínda em cernes –o mesmo Estado que ele acreditava promesa de prosperidade para os árabes da região. T. E. Lawrence morreu em Maio de 1935 a causa das fatais feridas sofridas num accidente de motocicleta perto da sua casa de Dorset, à curta idade de 47 anos. Os logros da sua curta vida têm-lhe assegurado um lugar no panteão da história árabe moderna. Talvez seja a hora de que a história judia contemporânea lhe renda tributo também.



MARTIN GILBERT


Sir Martin Gilbert é o biógrafo oficial de Winston Churchill. Publicou recentemente “Churchill e os judeus: a amizade de toda uma vida” (Ed. Henry Holt, 2007) assim como “Israel: Uma história” (Ed. McNally & Loftin, 2008).

NOVO FUNDAMENTALISMO JUDEU



Maimónides rechazava a teocracia judia, pois acreditava que corromperia aos rabinos, e insistia na idoneidade dum Exilarj independente. O seu Messias e Rei também não seria um rabino. Mas admitia que um Exilarj deveria proceder conforme a Lei Judia. Se o país for governado por uma lei religiosa, daquela haveriam ser os rabinos quem, a fim de contas, ditassem a política do Exilarj. Os rabinos seriam o poder legislativo, mentres que o Exilarj exerceria o poder executivo. Nos nossos dias, isso traduziria-se numa Knesset rabínica e um Primeiro Ministro eligido por voto popular. Quando os poderes religiosos e do Estado não estiverem delimitados, o establishment rabínico tornaria-se conformista, em tanto que não poderia condear nem os acordos do tipo “Terra judia a câmbio de Paz” nem a assimilação progre dos judeus norteamericanos. A secularização beneficia aos judeus religiosos ao permitir-lhes uma prática religiosa sem reservas.

Nem a monarquia nem a teocracia têm sentido nos nossos dias. Um monarca judeu teria que ser reconhecido pelos rabinos, e teria de ser ortodoxo ou ultra-ortodoxo. Um monarca dessas características adicaria os ingressos procedentes dos impostos a apoiar uma proliferação ilimitada de escolas religiosas de adultos e aos seus estudantes vitalícios. Numa sociedade mixta religioso-atea, a teocracia e a monarquia traduziriam-se na exploração dos economicamente produtivos atéus –algo que estes não aceitariam.

As referências rabínicas a vários mandamentos para dar justificação à sua autoridade é, quando menos, questionável. Deut 17:10: “Faz o que te digam” refere-se aos juízes (incluídos os sacerdotais), não aos legos rabinos. O verso precedente refere-se a casos civis e criminais sem implicação alguma com a interpretação de leis religiosas. De modo avondo extranho, o versículo 11 fala de “ensinanzas e sentenzas”, embora o contexto nada tem a ver com “ensinanzas”. Não é improvável que esta expressão seja semelhante ao versículo 15, que permite aos judeus eligir um Rei, inclusso a pesar de que séculos depois o profeta Samuel não tivesse nem ideia deste permiso, quando denigrou aos judeus por reclamar um Rei. Acreditar na autenticidade do versículo 11 supõe que os juízes falassem desde o Templo (vers. 8), obviamente para unificar mais que para dar pê a novas leis.

Dúzias de miles de autoridades jalájicas dispersas pelo mundo adiante carecem da autoridade outorgada aos juízes do Templo. Atendendo ao carácter freqüentemente vingativo das desputas jalájicas, é pouco crível imputar autoridade divina aos rabinos.

A maior questão radica em saber se os rabinos são os “juízes” mencionados em Deuteronômio 17. Por que eles, e não os saduceus, sacerdotes do Templo? Deut 33:10: situa explicitamente o poder do ensino nos Levitas, os sacerdotes. Crônicas II 31:4 enumera os estudos legais dos levitas, e Malaquias 2:7 confirma que eram eles quem se encarregavam da interpretação legal. Em Crônicas II 19:8, os juízes estám aparentemente equilibrados com o clão dos velhos, e aínda mais adiante, em Jeremias 18:18 têm apenas o poder do conselho, mais que o poder normativo.


A lenda rabínica do Sanedrin ubicado no Templo desfia o sentido comum. O Templo estava dirigido pelos sacerdotes (saduceus) que eram descendentes nominais do Sumo Sacerdote Zadok. Os saduceus rechazavam a Lei Oral e perseguiam aos rabinos fariseus –daquela e agora. Por que haveriam os sacerdotes de permitir que os rabinos tivessem assento na Corte do Templo e aplicassem a Lei Oral que eles –os sacerdotes- consideravam falsa?

É impossível que os rabinos fossem tão populares que os sacerdotes se vissem forzados a lhes ceder assento. Os sacerdotes paralisaram inclusso a reconstrucção do Templo promovida por Herodes o Grande até que este se comprometeu com eles a entrenar aos levitas para que fossem eles os que o construíssem –e que assim não houver mancha alguma no Templo.

Por que haveriam os sacerdotes de desafiar a Lei Oral, se tiver sido outorgada no Sinaí? A explicação rabínica da “maldade” sacerdotal não se mantém em pê: não existe razão imaginável para que rechazassem tão proveitoso córpus legislativo. Abrazando a Lei Oral, os Saduceus teriam desprazado aos competidores Fariseus e ré-tomado o poder da legislação religiosa e da jurisprudência civil. É impossível que dúzias de miles de levitas fossem malvados atéus que rechazassem a palabra divina.

Os rabinos eram os sacerdotes “progres” do seu tempo, não muito distantes do fundador da Cristandade e dos posteriores franciscanos. Sem dúvida alguma, nos salmos sinópticos, o ensino de Jesus é uma cópia a papel carbão da doutrina rabínica, conforme a cada um dos seus pronunciamentos sinópticos, recolhidos no Talmud. Jesus pregoava o ensino rabínico: “Sigue o que dizem, mas não o que fazem, porque não obram conforme o que ensinam”.

Inclusso se aceitarmos os supostos poderes dos rabinos à luz de Deut 17, os dois tipos de legislação rabínica carecem totalmente de base escrita: o poder de promulgar legislação protectora (“o muro arredor da lei”) e o poder de derogar mandamentos. Atentendo a isto último, Maimónides só aceitava a suspensão temporal, e só para evitar um mal maior, iuncluíndo uma ameaça ao Judaísmo (Hilkot Mamrim 2:4). Quase nenhuma das derrogações passaria essa prova: os rabinos rechazavam a obriga das mulheres de observar os mandamentos, os tzitzit azúis, ad nauseam.


Os rabinos alegam outro argumento sobre o certo das suas ensinanzas: o facto de ser sobrevivido dois mil anos. Esse é um pésimo argumento, porque o Cristanismo tem sobrevivido por idêntico período e, inclusso, tem-se extendido em maior medida. A teoria de que a Terra era plana aínda resistiu mais anos. O trunfo dos rabinos fariseus sobre os saduceus foi unicamente devido à destrucção do Templo: os levitas foram incapazes de adaptar-se a um m undo sem Templo. Os saduceus radicais uniram-se (ou deram passo) aos Essênios, uma orde monástica e que resistiu séculos tras a destrucção do Templo. A vitória dos rabinos sobre os Caraítas deveu-se ao melhor controlo dos rabinos sobre os seus seguidores, baseado na Jalajá; os caraítas mais flexíveis remataram assimilando. Isto demonstra que o rabinismo não é algo absolutamente negativo, pois beneficiou à nação judia em grande medida. Mas, para além da sua utilidade, não é o mesmo que o Judaísmo da Torá.

Devemos lutar para modificar as leis rabínicas, mas na medida em que sejam eficazes (não em váu têm preservado o judaísmo durante muito tempo), válidas (baseadas firmemente na Torá), comumente aceitadas (por pessoas genuinamente judias), e não abertamente contestadas (pela gente que quere viver uma vida judia, não pelos atéus) devemos aderir a elas. É algo semelhante a conduzir a 90 kms/hora porque o dita a lei, mas fazer tudo o possível para lograr que se incremente o limite de velozidade.

As leis claramente opressivas não devem ser obedecidas: alguém que vive no andar 50º dum aranhacéus dificilmente pode ser obrigado a observar a absurda proibição rabínica de não utilizar ascensor em Shabat.

As leis rabínicas existentes devem ser observadas até lograr a sua modificação –agás que sejam abertamente opressivas.


OBADIAH SHOHER

O INTERCÂMBIO VAI DE MAL EM PIOR


Hamas exigiu um postrer esforzo de Israel referido a dois dos archi-terroristas encarcerados: Marwan Barghouti e Ahmed Saadat. O Governo israeli já estava presto a libertá-los e à sua deportação.

Mas Iran nega-se à deportação porque quere que Barghouti esteja no West Bank para ré-emprazar ao moderado Abbas. UM fracasso de úlktima hoira no trato danaria gravemente as expectativas eleitorais dos dirigentes de Hamas em Gaza, que já têm viajado de imediato a Síria para convencer a Mashaal –o títere iraniano- para que aceite a deportação.

Israel, como sempre, garantiu um trânsito seguro dos dirigentes de Hamas desde Gaza a Egipto –em vez de liquidá-los na fronteira e dar por cerrado o “problema Shalit”.

QUEM MATOU AO RAV MEIR JAI?




Outro judeu tem sido assassinado mentres conduzia pelas estradas das áreas libertadas. O Rav Meir Avshalom Jai (D’us vingue o seu sangue) foi assassinado pelos vermes de Fatah, que são pertrechados e entrenados pelo General Keith Dayton no nosso próprio país. Agota tem sobre a sua conciência sete rapazes judeus orfos. Vejamos se Obama inclui o “Exército de Dayton” na lista de organizações terroristas do FBI.

Obama é um criminal, disso não cabe já dúvida. Adica-se a entrenar aos terroristas que massacrarão judeus. Um dia destes esse vírus com forma humana aprenderá que o D’us de Israel nem durme nem esquece. Mas não nos enganemos. Pode que Obama seja um irrelevante ántisemita; mas Israel é uma nação soberana que se move como um servo lobotomizado. Os autênticos misseráveis estám muito mais perto do que acreditamos.

Netanyahu, Barak e os demais traidores do Governo mataram ao Rav Jai na mesma medida que o verme de Fatah que o abateu a tiros. Quem é que se nega a expulsar a estes animais árabes do país? Quem trata de apaciguar a Fatah, Hamas e Hezbolá, e permite que o exército dos EEUU entrene dentro das nossas fronteiras a estes bárbaros nas mais inovadoras tecnologias do crime? Quem suprime os controlos de estrada e os checkpoints para assim garantir o assassinato de mais judeus? Quem perpetua o mito do “Islám moderado” e dos “sócios da paz”, e a imbecilidade de que a Brigada dos Mártires de Al Aqsa não é o mesmo que Fatah? Quem fixo possível que os selvagens de Fatah assassinassem outro judeu?


Morte àqueles que se alimentam do sangue judeu, seja qual for o seu nome e a sua forma ! Devem ser exterminados como as 7 nações de antanho, antes de que mais crianças fiquem orfas. A quinta coluna árabe tem que se transferida aonde seja. Obama semelha preocupar-se muito por eles: pois que os leve com ele. Poderiam ser fazilmente reubicados nos EEUU., onde sobra sítio para tamanhe empressa. Deixemos que se amose humanitário com estes seres inhumanos no seu próprio país, onde seguro que os seus fanáticos partidários os abrazarão com o amor e a compassião que profesam face aqueles desgrazados que não vivem perto de eles.

Algo mais antes de rematar; devemos fazer que lhe quede claro algo a Netanyahu: aqueles de nós com olhos no rosto e capazidade para distinguir as cores não poderemos esquecer jamais que as suas mãos estám tingidas de vermelho. Nem todo o xabão do mundo poderá limpar essas manchas.

Que D’us vingue o sangue do Rav Jai e proporcione conforte às suas orfas crianças! Que sejamos dignos de presenciar a vingança do Todopoderoso com os nossos próprios olhos!


DANIEL BEN SHMUEL ISRAEL

25/12/09

24/12/09

A SOIDADE DE TZIPI


Muitos dos partidos políticos de Israel têm uma longa história, que antecede inclusso à proclamação do Estado de Israel. Kadima não vai estar nesse selecto clube. Pelo contrário, Kadima tem uma das mais patéticas e vergonhentas histórias de entre todos os partidos da história política de Israel.

Foi fundada a partir dum grupo de parlamentários do Likud, comandados por Ariel Sharon e Ehud Olmert, que se enfrontaram abertamente com os postulados da plataforma política na que resultaram eligidos. Ante a atónita olhada dos cidadãos israelis implementaram a “Desconexão”. E depois fundaram Kadima.

O único que tinham em comum era a sua cega ambição. Tzachi Hanegbi declarara orgulhoso que era um “supermercado de opiniões” –disposto a oferecer o que cada um quigesse ouvir.

Há ano e meio, quando Bibi Netanyahu falou ante a primeira Convenção Internacional de Bloggers Judeus, dixo que a sua intenção era que os parlamentários de Kadima regressassem ao Likud. E semelha que está tendo éxito na sua iniciativa. Tzipi Livni tem sido incapaz de despregar o liderádego necessário para manter unidos aos membros da Knesset pertencentes a Kadima. Kadima está-se desfazendo aceleradamente pela direita, pela esquerda e pelo centro.

Agora Tzipi chora por Kadima. Mas pouco lhe preocuparam os cidadãos israelis que perderam os seus fogares, negócios e trabalhos pela sua política de desconexão.

Auge e caída. Tzipi está acabada, tras a sua estrategia de isolamento numantino. Deixemo-la em paz, na sua soidade.



BATYA MEDAD

AS NEGOCIAÇÕES POR SHALIT AFOGAM NA HIPOCRESIA



Dirigindo-se aos familiares das vítimas do terrorismo, cujos verdugos serão recompensados com a posta em liberdade a câmbio dum insignificante cabo, Netanyahu situou a questão na disjuntiva entre “redimir cautivos” e “proteger aos cidadãos”. Por suposto, a Bibi pouco lhe importa o cautivo; limita-se a doblar a testuz ante os alaridos dos mass media.

As enquisas indicam que perto dum 60 % dos judeus israelis são partidários do troco a câmbio de Shalit. Que melhor prova da ineficácia da educação democrática numa época na que os mass media são quem fabricam a opinião pública?

O Governo israeli, orgulhoso como um avestruz com a cabeza soterrada na areia, nega-se a falar directamente com Hamas. No canto disso, utilizam a mediação alemã.

A negociação acha-se estancada em menos de uma dúzia de nomes. Centenares de outros assassinos –e futuros assassinos- não são questionados. O Governo ignora um facto evidente: que os árabes israelis são tão inimigos como os seus irmãos do West Bank, negando-se a soltar aos terroristas que tenham residência israeli. O lógico deveria ser libertá-los e expulsá-los junto com os seus milhão e meio de compatriotas, que actualmente vivem em Israel.

Semelha que só resta uma ínfima possibilidade de que Netanyahu e as cabezas visíveis do Shabak e o Mossad fagam prevalecer a sua postura, contrária ao intercâmbio, fronte Barak e Ashkenazi.

DENIGRANDO O ISLAM EM SUÍZA


O referendo do mes passado em Suíza –que puxo fim à construcção de mais minaretes- tem gerado uma veemente oposição e desaprovação nos suspeitosos habituais da esquerda e entre os muçulmãos.

Mas não foi a clã transnacional da esquerda europeia quem tem objectado a proibição; as próprias elites dirigentes de Suíza amosaram-se escandalizadas pelo “razismo” dos seus queridos paisanos, tendo sinalado a sua intenção de utilizar qualquer pretexto legal para anular os resultados do referêndum, se é que podem.

Num caso com reminiscências da acusação de “discurso do ódio” cursada contra Elisabeth Sabaditsch-Wolff em Áustria, o edigtor duma revista suíza tem sido acusado de “denigrar o Islam” nas suas manifestações “razistas” num programa de TV. Esta farsa é uma óbvia represália pelo seu apoio à proibição dos minaretes.

Velaqui a traducção dum artigo aparecido no “Het Vrije Volk” sobre o caso:



Esquerdistas suízos querem silenciar ao editor duma revista

O editor-chefe da publicação suíza Weltwoche, Roger Köppel, tem sido denunciado pelos Socialistas de Zurich. A razão: a violação duma lei ánti-razista. Num programa televisivo, segundo a gestapo do pensamento socialista, Köppel “denigrou sistematicamente e vilipendiou aos membros da religião islâmica rebassando, portanto, os limites do razismo”.

Os gardas do politicamente correcto, as Juventudes Socialistas (Jungsozialisten) do Cantão de Zurich, promoveram uma reclamação criminal ante o Fiscal público de Zurich.

Acusar a Roger Köppel de razismo –um homem que, apesar dos vozingleiros esquerdistas, sempre tem argumentado com razoamentos bem construídos- dificilmente pode ser superado em absurdo. Em todo caso, são os esquerdistas quem “prendem a mecha do medo” tratando de acalar qualquer crítica do Islam tachando-as de fascistas ou razistas.

Os Jungsozialisten orgulhosamente anunciam:

“Roger Köppel, editor chefe da Weltwoche, através de várias manifestações nos números 43 e 47 da sua publicação deixou claro que a gente de fê islâmica que vivem em Suíza são uma grande ameaza para a seguridade e a orde no país devido à sua religião e que, desde a sua perspectiva, não se debe ser tolerante com eles. Segundo ele o Islam é um sistema de controlo político e uma ideologia político-religiosa de conquista.
(…)
No mencionado show televisivo, “Tele Züri”, fixo afirmações semelhantes e manifestou que os muçulmãos que residem em Suíza deveriam ser considerados ‘um exército hostil’.

Com estas afirmações, Roger Köpel tem violado claramente o artigo 261 bis do Código Criminal, por denigrar e vilipendiar sistematicamente aos membros da religião islâmica.

Roger Köpel tem sobrepassado os limites do razismo. Com essas mnanifestações, prende-se a mecha do medo, instiga-se a discriminação em Suíza, e os muçulmãos são estigmatizados. Isto nem pode nem vai ser aceitado pelas Juventudes Socialistas. Com a nossa denúncia queremos dar um aviso contra a intolerância, porque o razismo em Suíza, não importa por quem e contra quem, não será tolerado”.

Provavelmente os esquerdistas sejam simplesmente uns pésimos perdedores incapazes de perdoar a Roger Köppel por ter estado, desde o comezo, do lado dos que ganharam o referendo democrático.

Quando perdem, os socialistas amosam o seu autêntico rosto.



BARON BODISSEY

O RABINO CHEFE OFENDIDO POR UM SANTO



O Rabino Chefe de Israel, Yona Metzger, um indivíduo notoriamente corrupto, dixo sentir-se profundamente “ofendido” pela decisão do Papa de santificar a Pio XII.

No contexto da Trindade e do nascimento a partir duma mulher virge, a que judeu lhe importa a “santidade” de Pio XII?

23/12/09

BABEL XXI



Israel não tem mais remédio que pôr fim à aliya e revocar a Lei de Retorno. Algo no que levamos já uma década de retrasso.

Arredor de 1993 rematou a aliya da judearia soviética, e apenas ficaram bolsas de potenciais imigrantes judeus no mundo. A imensa maioria da grande Diáspora judia nos EEUU, Canadá, Austrália e a França não tem pensado desprazar-se a Israel. Inclusso no improvável caso duma situação de emergência, marchariam a qualquer outro país occidental antes que a Israel. Para além disso, Israel sempre poderia adoptar uma legislação de emergência, chegado o caso, para permitir a entrada de judeus norteamericanos e europeus.

A partir de comezos da década dos noventa, a aliya não tem feito mais que incrementar o que custa denominar de maneira distinta a “judeus de pega”: eslavos que descobriram um tataravó judeu, cristãos etíopes aos que se lhes dixo que os seus remotos ancestros foram judeus conversos, paganos hindus proselitizados para o judaísmo, e coisas semelhantes.

Mas a aliya tem-se convertido em algo perigoso, sobretudo, em duaas das suas variantes: os conversos e os árabes. Actualmente os esforzos de Israel centram-se em deter a migração de negros ilegais. E que vamos fazer se comezam a abrazar o judaísmo em Kenya? Os negros têm pensado honestamente acudir a uma sinagoga (provavelmente financiada por alguma ONG judia-norteamericana, aprender honestamente o que é o Judaísmo, abrazá-lo honestamente, e praticá-lo honestamente no seio da sua comunidade durante nove meses, como estipula a legislação actual? Em três anos uma quantidade potencialmente ilimitada de judeus de novo cunho estaria chamando às portas de Israel. As autoridades rabínicas de conversão poderiam promulgar impedimentos adicionais, mas uma vez que os mass media se comovessem com os nergos praticando “judaísmo” e vendo como se lhes nega a entrada a Israel, as protestas rematariam obrigando-nos a permitir o seu accesso no país. Este foi exactamente o cenário que se dou com os Falash Mura cristãos, e que se está repetindo com os prosélitos hindus Bnei Menashe. O nosso país vería-se asulagado de aderentes ao judaísmo que, sem embargo, são falsos judeus.

O judaísmo nunca foi só uma questão de religião. Os idólatras judeus dos tempos do Tanaj eram considerados judeus. Porém, os samaritanos, que aderem ao judaísmo, não eram considerados judeus e foram rechazados quando trataram de unir-se a nós na construcção do Segundo Templo. Vários pequenos reinos converteram-se ao judaísmo, mas até onde estamos informados os seus residentes não se assimilaram na nação judia.

Este é o quid da questão: os judeus não conformam apenas uma religião, senão uma nação. Qualquer pessoa pode aderir uma religião determinada, mas uma nação vem definida por outros aspectos: tradições continuadas, história e cultura comuns, e a apariência dos seus cidadãos. Se vos soa razista, sabede que não o é. Os negros e os índios não têm nada de máu, mas eu estou acostumado a que os judeus sejam, mais ou menos, brancos. Não há problema algum em assimilar um pequeno número de judeus negros –não o 2% da população que o Governo israeli tem traído ao nosso país-, mas eu não estou preparado para que a nação judia de súpeto seja negra. Carecem da nossa cultura, da nossa história, do nosso aspecto: não são como nós.


Fixade-vos nisto: o 90% da população mundial é mais pobre que os israelis, e o 80% são mais pobres que os pobres que haja em Israel. Gostaria-lhes viver aquí, e muitos de eles não têm problema algum em cambiar a sua religião de crenzas paganas a tal fim. Se os judeus acordam continuar com o fluxo de chegada de benvindos prosélitos, que pelo menos recibam com os brazos abertos a gente que seja semelhante a nós: comezemos fazendo proselitismo em Bielorrússia, por exemplo. Quando menos, demos certificado de judeidade àqueles que estejam acostumados a trabalhar duro e que aprezem a educação –e que se podam integrar na nossa economia desenvolvida.

Os profetas vaticinaram o dia em que todas as nações reconheceriam o D’us judeu. Semelha termos chegado ao fim dos tempos e isso está acaecendo agora. Pois muito bem. Mas não é preciso que se desprazem à nossa Jerusalém. Que se sintam judeus e vivam nos seus países de residência. Tras uns quantos séculos de persecução ali, uma história de superivência e combate contra os seus detractores locais, os prosélitos de hoje poderiam chegar a ser considerados como nós –se não no seu aspecto, pelo menos nos seus patrões de conduta. Mas a dia de hoje, não.

A Lei de Retorno também é um perigo a causa dos árabes. Se Israel joga a ser uma democracia etnicamente cega, como dar a benvinda a judeus que na sua vida têm posto um pê aquí e negar-se a ré-admitir aos árabes que viviam aquí apenas 60 anos atrás? Os refugiados judeus do 135 a.n.e podem regressar, mas não os refugiados árabes de 1948? Os árabes e os ultraesquerdistas têm cursado infinidade de reclamações ante a Corte Suprema nesse sentido, negando-se esta a tomá-las em consideração –porque não existe base legal para tão tremenda discriminação. A única solução é renunciar ao carácter de Israel como sociedade etnicamente cega –e inclusso como sociedade religiosamente cega e historicamente cega; mas os defensores do Helenismo democrático não estám pelo labor. De modo que temos que suturar o vazio legal da Lei do Retorno antes de que os árabes entrem a borbotões através de ele.

Um regueiro de imigração “judia” continuará através da Lei de Retorno, através dos planos de reunião “familiares”. Israel praticou este tipo de imigração com a URSS: os judeus russos receviam convites de remotas –ou inexistentes- tia-avoas israelis. De ser levados a cabo com um minucioso escrutínio pelo Ministério de Interior, não teriam accedido ao país –como também não seria admitido que houvesse árabes no nosso país.

Derrogar a Lei de Retorno seria o lógico para a moderna identidade judia. Essa Lei dá entrada a nihilistas judeus, deturpando a componhente religiosa da judeidade. Fechando Israel à imigração, criaríamos uma nação israeli de judeus e sémi-judeus, e livre de árabes. Os israelis seriam uma modélica entidade política. Demonstrariam a sua judeidade combatendo por Israel e pagando impostos aquí. Na Diáspora a identificação política não serve para nada, e a judeidade seguirá sendo definida em termos meramente religiosos.

A diferenciação política e religiosa aqui proposta não é nada novo. Existiam judeus muito diferenciados em Israel e Judea –e depois em Judea e Samaria. As comunidades de prosélitos judeus são benvindas, sempre que se desenvolvam na Índia ou em Etiopia. Mas não há sítio em Israel para uma Torre de Babel.


OBADIAH SHOHER

DESCULPAS DE MAL PAGADOR


Segundo o jornal proárabe Ha’aretz, o ex Presidente Jimmy Carter, o mais nefasto dirigente em dois séculos e pico de história dos EEUU, pediu o passado luns desculpas à comunidade judia por qualquer estigma negativo que ao longo dos anos o seu errático agir tenha causado ao Estado de Israel.

Este ídolo dos progres de todo o orbe, tem-se significado ao longo de várias décadas como um modélico ánti-semita, recolhendo parte das suas invectivas contra o povo judeu e o Estado israeli no libelo intitulado “Palestina: paz, não apartheid”.

O caduco asesor de Obama tem acusado desde sempre a Israel de impedir o processo de paz no Meio Leste pela sua política de construcção de assentamentos –política que segundo ele, e os seus fans da esquerda, conduz a um Estado de apartheid- e de interferir nos nobles intentos do amigo americano de instaurar a paz na zona.

“Devem reconhecer-se os logros, baixo difíceis circunstâncias, de Israel na sua relação com a sua população árabe, e qualquer crítica não debe ser utilizada para estigmatizar a Israel”

“Como teria feito em Rosh Hashaná ou Yom Kippur –mas que é apropriado fazer qualquer dia- oferezo a minha Al Het [pregária do Yom Kippur na que se pide perdão a D’us pelos pecados cometidos] por qualquer palabra minha que tenha resultado ofensiva”, veu afirmar.

Faltou-lhe tempo ao dirigente da Liga Ánti-Difamação, Abraham Foxman, para aceitar as desculpas de Carter, proclamando que supõem o comezo da “reconciliação”.

Segundo o conceito judeu de arrependimento, senhor Foxman, as palavras não bastam. Um câmbio de conduta é fundamental para poder receber perdão. E Carter não tem modificado de momento a sua conduta habitual. Quando a publicação CAMERA, publicou documentação detalhada contradizendo as manifestações de Carter publicadas no International Herald Tribune o mes passado, nas que mentia abertamente sobre a devastação da faixa de Gaza –entre outras falsidades- Carter negou-se rotundamente a rectificar.

Um pequeno passo no caminho do arrependimento seria reconhecer aos editores desse jornal as suas mentiras e amosar-se disposto a rectificar.

A LONGA AGONIA DO ESTADO DE DIREITO ISRAELI



Atrapado entre o sentido comum e a pressão mediática que exige a volta dum insignificante cabo (membro duma família de esquerdas com bons contactos), o gabinete de seguridade israeli foi ontem incapaz de tomar uma decisão depois de três reuniões consecutivas. Perguntamo-nos como reagiriam numa situação militar crítica, quando ante um troco de 1 por 950 necessitam tanto tempo de deliberação.

Hamas não vai ceder um ápice nas suas demandas. Portanto deverão fazê-lo os dirigentes israelis.

O trato está fechado. Agora, o Governo apenas implora que os terroristas de Hamas aceitem a sua expulsão do West Bank tras a sua posta em liberdade.

Fatah já está avaliando as medidas a tomar para esmagar a Hamas no West Bank. A libertação dos terroristas supõe a acta de defunçao de Abbas e os seus “moderados”. O Governo de Israel volve demonstrar que só entende a linguagem da chantagem.

Mentres, os soldados israelis volveram arriscar as suas vidas para arrestar a nove terroristas na passada madrugada. Terroristas que, eventualmente, também serão libertados em breve.

Dado a actual rátio de intercâmbio, os palestinianos apenas necessitam seqüestrar dez israelis mais para que todos os seus presos nos cárceres israelis sejam postos na rua.

ÁNTISEMITAS HABITUAIS


Ao final deste texto acharedes o nome de 16 ONG’s, incluíndo Amnesty International e Oxfam, que se têm unido para dejectar um informe sobre a situação em Gaza, que seria cómico se não fosse tão sinistro. Se às vezes vos perguntades “que é o que eu posso fazer?”, acudide às suas páginas webs, escrevede aos seus directores e, onde poidades, acercade-vos às sedes das vossas entidades governamentais solicitando que de modo imediato lhes seja retirado o status de ONG’s. Fazede-o. Velaqui cinco razões pelas que o devedes fazer:

1) O informe exige ao Quarteto (União Europea, ONU, Rússia e EEUU) “que iniciem o diálogo político com todas as facções palestinianas”, rematando com o que denoimina “a fracassada política do não-reconhecimento”. Desculpas, mas: quem acreditam ser estas organizações para proclamar que a negativa a legitimar a vileza ántisemita dos grupos terroristas palestinianos como Hamas ou a Yihad Islâmica tem “fracassado”? Quem têm fracassado, na realidade, são Hamas e a Yihad Islâmica que agora estám mais ou menos a raia e têm visto ressentida a sua legitimidade internacional. Coisa que nos parece positiva. Se a estas ONG’s não, que se expliquem.

2) De modo semelhante, deveriam explicar por que, a pesar dalgumas referências de passada a Israel e os “foguetes” palestinianos, as 18 páginas do seu informe não mencionam os termos “terrorismo”, “terrorista” ou “terror” nem uma só vez –o qual erradica do contexto a política Israel face Gaza. Trata-se de ignorância, desvergonha ou ambas coisas?

3) O informe faz um chamamento a todas as partes para rematar com a violência, e afirma que Israel “deve asumir as obrigas da sua condição de Potença Ocupante e cesar na sua política de castigo colectivo, rematando com o bloqueio e abrindo todos os passos fronteirizos. Também deverá rematar com as incursões ilegais e ataques contra Gaza”. Três coisas aquí:
a) Por que estas ONG’s denominam “castigo colectivo” à luta ánti-terrorista?
b) Por que deveria Israel finalizar as sanções contra um regime juramentado na sua destrucção?
c) Que significa que Israel deve rematar “os ataques contra Gaza”? Acaso que Israel deveria sentar-se e contemplar como os terroristas palestinianos reconstruim a sua infraestrutura?

4) O informe cita a Jimmy Carter, famoso judeófobo ánti-israeli. E o mais dramático é que o cita para afirmar o seguinte: “Desgrazadamente, a comunidade internacional ignora as petições de ajuda, mentres os cidadãos de Gaza são tratados mais como animais que como seres humanos… Nunca antes na história uma comunidade tem sido massacrada com bombas e mísseis e depois privada dos meios para a reconstrucção. A responsabilidade deste terrível crime contra os direitos humanos reside em Jerusalém, Cairo, Washington e toda a comunidade internacional”.


Vaiamos por partes, detendo-nos primeiroi em “nunca antes na história”. Acreditamos que inclusso um incapaz como Jimmy Carter tem escutado falar de Hiroshima e Nagasaki, sequer seja porque os seus
antecessores no cárrego ordearam borrá-las do mapa. A resultas do qual, obviamente, pouco deissaram para “reparar”. Em segundo lugar, a expressão “são tratados mais como animais que como seres humanos”
pretende associar a Israel com o nazismo, por causalidade? As palavras pertencem a Carter, mas estas ONG’s deveriam responder por dar-lhes legitimidade.

5) O informe diz que Israel deveria ser pressionada pela comunidade internacional “para sufragar os danos causados pela Operação Liderádego Sólido e outras acções militares israelis e os donantes deveriam exigir compensações pelos danos sofridos pelos seus projectos em Gaza”. Tenho que relêr isto várias vezes para assegurar-me de que não me estou saltando alguma linha. Mas não; isso é o que dizem. Assim que lhes perguntamos: essas compensações deveriam revestir a forma de Israel rearmando a Hamas e pagando pelo importe das armas que lhes chegavam desde Iran? Estas ONG’s acreditam que os EEUU e a Granded Bretanha pagaram compensações à Alemanha názi pela destrucção de cidades com Dresde durante a 2ª Guerra Mundial? A pessoa que redactou este informe é um lunático?

Poderíamos seguir. Mas penso que o retrato está claro. Obviamente, estas ONG’s têm todo o direito a colmentar o que queiram. E se a política de seguridade de Israel face Gaza pode ser modificada de modo que a sua situação social e económica melhore –sempre que não implique um recrudecemento do terrorismo contra os cidadãos de Israel- benvindas sejam as sugerências. Mas no entanto que as redes terroristas e as ideologias que as sustentam não sejam desmanteladas é dificil pensar em progressos significativos.

Para rematar, na página 4 do informe, no contexto do chamamento ao Quarteto para obrigar a Israel a cambiar a sua política em Gaza, dizem: “Não são possíveis mais excusas”, acrescentando “pelo nosso desafortunado comportamento” –algo com o que não podemos senão estar dacordo.

Para lêr o informe na sua totalidade, aquí: “Fracassando em Gaza”.

Velaqui os seus nomes. Escrevede e felizitade-lhes as festas:

Amnesty International, Broederlijk Delen (Bélgica), CAFOD (Reino Unido), CCFD Terre Solidaire (França), Christian Aid, Church of Sweden, Diakonia (Suécia), Finn Church Aid (Finlândia), Medical Aid for Palestinians, medico international (Alemanha), medico international schweiz (Suíza), Mercy Corps, MS ActionAid Denmark, Oxfam International, Trocaire (Irlanda), United Civilians for Peace (coaligação de organizações holandesas: Oxfam Novib, Cordaid, ICCO, e IKV Pax Christi).

22/12/09

IDÓLATRAS DA PAZ



O Governo de Israel está paralisado pelo terror. Todos sabemos o que suporia asinar um tratado de paz com Síria ou os palestinianos. Toda vez que a paz se tem convertido num mantra, e o tratado de paz no seu representante na Terra, todo o mundo aceita que a paz require sacrifícios. Nesta ocasião a oferenda a sacrificar ante o ídolo são a carne judia –das vítimas do processo de paz- e a terra de Israel.

Sem dúvida, Israel entregará os Altos do Golan. Para além das ameazas de anexioná-los, nenhum Primeiro Ministrto tem acreditado em sério que Síria estaria disposta a asinar um tratado de paz com Israel sem o Golan. Não é que os Altos tenham importância para Síria –só os possuiu entre 1929 e 1967. Ou, dito doutro modo, a paz é intrascendente neste caso. Contrariamente a Israel, Síria não contempla o tratado de paz como um fim em sim próprio. Para maiores concessões –o reconhecimento diplomático dum Estado judeu no que consideram terriotório da Grande Síria- os sírios querem um pago tangível, como mínimo os Altos do Golan e o Lago Kineret. Os sírios não cesarão nas suas exigências por uma simples razão: não necessitam um tratado de paz. Ao contrário que os exóticos judeus, que siguem suplicando paz tras ganhar três grandes guerras e infinidade de pequenas confrontações, os sírios não têm presa por alcanzar a paz. Israel está abarrotada de tarados que insistem em forzar ao Governo para asinar a paz com Síria, mas em Síria nenhum político reclama a paz. Assim as coisas, nada tem de raro que seja Israel quem acabe pagando o maior prezo.

É muito alto esse prezo? Não em excesso, em todo caso. Por suposto, não podemos acreditar em qualquer promesa síria de desmilitarizar os Altos do Golan. Nada impede que Síria câmbie de parecer tras asinar um tratado, e Israel pouco poderia fazer. A comunidade internacional não apoiaria que Israel rompesse o tratado de paz atacando Síria ou ré-militarizando os Altos –igual que permaneceu indiferente ante a r-emilitarização do Rhin, ou de Sinai em 1967. O pensamento racionalista é primitivo: queda-se com o acto final, passando da complexa cadeia de acontecimentos que levaram até aí. Atacando Síria tras a ré-militarização dos Altos do Golan, significaria que Israel fosse tachada de inimiga da paz, ao igual que se passou quando agimos de modo preventivo em 1967. Síria, como Egipto em 1967, apenas veria afeada a sua conduta por violar um tratado.


Doutra banda, a militarização síria dos Altos do Golan não supõe uma ameaza séria para Israel. Poderíamos identificar todas as suas instalações ali e seríamos capazes de destrui-las nos minutos iniciais de qualquer guerra. Os tiroteos terroristas seriam improváveis: Síria carece dum historial de atacar Israel desde o seu próprio território –apenas através de intermediários. A perda das estações de alarma temprana seria uma mágoa, mas os radar tipo American-X no Negev compensaria a perda.

A única razão para ter algo que objectar à devolução dos Altos do Golan e entregar a metade do Lago Kineret é de índole irracional, embora o facto de que seja irracional não a faz menos real. A perda seria extremadamente lamentável para a moral israeli. O Sinai pertenceu-nos por apenas doze anos, e opoucos são os israelis que se têm aventurado nele. Gaza, Judea e Samaria são importantes só para uma exígua minoria nacionalista. O caso dos Altos do Golan é completamente diferente: esse território tem-nos acompanhado durante mais de quatro décadas. É o lugar perfeito para os esquerdistas, onde inclusso os yónkis do pacifismo de Tel Aviv vam a esquiar e fazer trekking. É um território paradisíaco; não como as áridas dunas de areia em Gaza. Três gerações de israelis têm crecido com a íntima convinção de que os Altos são “nossos”. Abandoá-los suporia um insuflar um respiro ao nacionalismo israeli, que rasgaria a conciência tanto da esquerda como da direita. E a câmbio de nada! Bedgin, pelo menos, entregou o Sinai para evitar guerras maiores. Foi um crime, uma estupidez estratégica, um acto de traição. Não existe uma excusa equiparável no caso de Síria, que é incapaz de combater abertamente contra Israel, inclusso com o apoio de Iran.

Algo semelhante sucede respeito os palestinianos. Os seus dirigentes têm feito uma aposta muito arriscada exigindo Jerusalém, o Monte do Templo e o 100% de Judea e Samaria. Agás com um dirigente que goze dum apoio popular excepcional ou fortemente autoritário, nenhum político palestiniano poderá agora achicar-se na aposta. Os políticos israelis conheciam os termos desde os Acordos de Oslo, e só têm ido demorando a discussão. Agás que decidamos anexionar-nos os territórios e expulsar aos seus nativos, não existe base para um tratado de paz com os palestinianos, para além de ceder às suas demandas. Ao igual que os sírios, vivem a conta do seu status quo. Os palestinianos têm direitos soberanos sem obrigas soberanas. Não têm que procurar-se sustento, mas apenas viver como parásitos da ajuda internacional e o roubo massivo que perpetram do Estado de Israel. Não necessitam vigiar as suas fronteiras nem reprimir aos seus partidários –o seu inimigo israeli encarrega-se de fazê-lo por eles. Disfrutam dum controlo ilimitado sobre a maior parte de Judea, Samaria e o leste de Jerusalém, e possuem na prática o Monte do Templo. Simultaneamente, estám sempre em primeira página da atenção internacional grazas ao seu conflito com os ocupantes judeus. A vida sorri-lhes. De asinar um tratado de paz –e sumir-se na escuridade- este deverá oferecer-lhes benefícios muito tangíveis respeito à sua situação actual.

Primeiro, os palestinianos do West Bank querem evitar a toida costa ver-se invadidos pelos seus refugiados. O desagrado israeli face os palestinianos residentes nos campos de refugiados não é nada comparado com o ódio que o resto dos palestinianos sintem face eles. Quando Sharon tratou de dissolver a criminal empresa gazenha recolocando a alguns refugiados de Gaza no West Bank, os habitantes desta área expulsaram-nos de ali sem miramentos. Um milhão e meio de refugiados não podem ser absorbidos pela sociedade do West Bank. Inclusso se a UNRWA erigisse ex profeso novos campos de refugiados, não haveria postos de trabalho suficientes –é impossível que estejam dispostos a trabalhar tras ter vivido durante quatro gerações a costa da ajuda estrangeira. De modo que os palestinianos exigem recolocar aos seus próprios refugiados em “qualquer outro lugar”.


Os palestinianos também não podem aceitar compromiso algum sobre Jerusalém e o Monte do Templo. Por que haveriam de ceder no seu controlo efectivo sobre esses lugares? Se os judeus queremos um tratado de paz com uma não-nação de terroristas derrotados, pagar a câmbio com o nosso mais sagrado lugar é a única opção. Não é alñgo descabelado. Longe disso, é aceitado na intimidade por qualquer dos políticos israelis de primeira fila. Os demagogos escandalizam-se porque não querem passar à Hiustória como aqueles que abandoaram Jerusalém aos árabes palestinianos. É impossível que os judeus fagam entrega de tão sagrados lugares? Em absoluto. Israel já entregou Hebron com a sua Cova dos Patriarcas –um lugar mais sagrado que o Muro Occidental –uma simples estrutura de apoio. Sijém com a sua Tumba de José, e Belém, com a Tumba de Raquel. Todas essas cidades estám já em mãos dos palestinianos. O Sinai, com o seu Monte Horev, onde os judeus receberam a Lei, foi devolto a Egipto. A efectos práticos, ois pozos petrolíferos do Sinai e as reservas de gas de Gaza não são menos importantes que qualquer distrito de Jerusalém –e já foram entregados. A fim de contas, que é tão importante para os judeus dos distritos árabes de Jerusalém? É inquestionável que de não expulsar aos árabes, o melhor que podemos fazer é desfazer-nos das suas vilas e campos de refugiados, insensatamente próximos à municipalidade ded Jerusalém. Melhor tê-los tras um muro que na nossa capital; mais barato para nós, também.

Os reparos a dividir a Cidade Velha cheiram a aburrida classe de história da escola secundária. A Cidade Velha não é tão velha –é uma estrutura da época otomana. Os seus muros estám erigidos arbitrariamente, sem conexão alguma com os antigos limites da cidade. Se a antigüidade tem algum tipo de importância, daquela sim, Israel deve desalojar a totalidade dos bairros árabes –e os judeus também- e comezar a excavar na procura das estruturas primitivas do Primeiro Templo. Desgrazadamente, só acharíamos lá isso: as estruturas; não o Templo.

Em quanto ao Monte do Templo, melhor que o regalemos. Soará raro, mas é o melhor. É um pecado menor para um judeu entregá-lo que se negar a construir o Terceiro Templo nesse terreno. Os rabinos que agardam pela reconstrucção sobrenatural do templo, e proíbem aos judeus ascender o monte, suspirariam também com alívio uma vez que o lugar estivesse fóra do nosso alcanzo.

Israel não necessita tratados de paz com Síria ou os palestinianos. Esse tipo de tratados perjudicam aos judeus enormemente –na medida em que não oferecem nenhuma ventagem a câmbio. Se, sem embargo, a decisão de assiná-los está já tomada, o Governo não deveria ir acoitelando à nação judia trozeando-a pouco a pouco. Que o fagam de uma vez.



OBADIAH SHOHER

ENTRE EL SER Y EL NO SER


Hace cinco años se decubrió que el presidente de Amical Mauthausen, asociación que agrupaba a españoles que habían sido prisioneros en campos nazis, era un impostor. Enric Marco, que fue secretario general de la CNT entre abril de 1978 y diciembre de 1979, se inventó un pasado como el deportado 6.448, que había huído de Barcelona como polizón en un barco que lo llevó a Francia y que allí fue detenido y entregado a los nazis, que lo internaron en el campo de concentración de Flossenburg en 1943 y allí permaneció hasta la liberación del campo por los aliados en 1945.

En realidad, Marco emigró a Alemania como un trabajador más en 1942. Fue detenido por difundir informaciones sobre la marcha de la guerra que traducía de la prensa portuguesa y enviado al penal de Kiel, donde pasó unos meses. Excarcelado por los propios nazis en 1943, volvió a España, donde forjó su memoria de resistente, sobre todo a partir de la transición y de la entrevista que le hicieron en la revista Por Favor José Martí Gómez y Josep Ramoneda. A partir de allí fue el no parar: recorrió las escuelas de Cataluña contando las atrocidades de los campos de exterminio nazis. Llegó a hacerlo en el mismísimo Congreso de los Diputados en enero de 2005. Naturalmente, la Generalitat de Cataluña premió su vida ejemplar con la concesión de la Creu Sant Jordi, que le fue reclamada con posterioridad, al descubrirse el fraude, en un acto de extraordinaria injusticia histórica. La comunidad política y humana que homenajea el 11 de septiembre de todos los años a Rafael de Casanovas como mártir de la Diada, ¿qué pegas tiene que oponer a Enric Marco?

En ambos casos, lo importante es el relato, no la historia. Según cuenta él todo empezó por su facilidad de palabra: cuéntalo tú, que tienes más gracia. Por eso está lleno de sentido el aparente oxímoron de la pregunta que el periodista Julián García hace a Lucas Vermal,, codirector, junto a Santiago Fillol, de 'Ich bin Enric Marco', documental que se acaba de estrenar en Madrid y Barcelona sobre la doble vida de Marco: la real y la inventada:

“En el documental, Marco se niega a pedir perdón, pues sigue considerando que, aunque era un embustero, jamás mintió”.


George Orwell lo había previsto. En un ensayo titulado 'Notas sobre el nacionalismo' del que ya hemos hablado aquí, así como del concepto orwelliano de nacionalismo, dice:

“En el pensamiento nacionalista hay hechos que son verdaderos y falsos al mismo tiempo, que se conocen y se desconocen. Un hecho sobre el que se tiene conocimiento puede ser tan insoportable que se arrincona sin que se le permita ser procesado lógicamente. O también puede ser objeto de cálculo sin que llegue a admitirse como un hecho.

Al nacionalista le obsesiona la creencia de que se puede cambiar el pasado […]. Sucesos que se piensa no deberían haber sucedido se silencian y en último lugar se niegan […]. Se alienta la indiferencia ante la verdad objetiva, sellando un mundo de otro, haciendo así más duro el poder descubriir lo que realmente está pasando […]. Si una persona alberga en su mente un odio o lealtad nacionalista, algunos hechos son inadmisibles aunque se sepa que son ciertos”.

Enric Marco debería ser el laico patrón de la Memoria Histórica. Otra cuestión es por qué abunda mucho más el tuneo en las filas de la izquierda que en las de la derecha, o así me lo parece a mí en un repaso somero: La vida y milagros de Enrique Tierno Galván, empezando por su lugar de nacimiento, Miterrand y el atentado de la OAS del que hablábamos ayer, los 60 años de disimulo de Gunther Grass, la impostura de Althusser, los estudios de Ingeniería y Ciencias Económicas de Luis Roldán, el pasado de los padres de María Teresa Fernández de la Vega y Fernández Bermejo, las gestas científicas y universitarias de Bernat Soria, el imposible desequilibrio de la memoria entre los dos abuelos del presidente del Gobierno, la gesta de un dirigente local alavés de Izquierda Unida, Aitor Ibabe, hijo de un empresario de máquinas tragaperras, que se inventó una biografía como hijo de un bracero andaluz para afearle a Cosme Delclaux, entonces secuestrado por ETA, su condición de niño bien. And so on. Serán bienvenidas todas las puñaladas traperas a la memoria de la derecha española.

Bueno, después de todo, si nos ponemos indulgentes, Enric Marco no es más que un general della Rovere, catalán style, podríamos decir. También el personaje de Rosellini que interpreta Vittorio de Sica acepta el parecido con un héroe de la resistencia al fascismo y se hace pasar por él. Es verdad, pero la diferencia es muy interesante. De Sica, al ser confundido en cárcel (adonde le han llevado unos pequeños hurtos y su condición de proxeneta menor) con el general della Rovere, se ve reflejado en un espejo que le devuelve una imagen favorable de sí mismo. Tanto, que asume el parecido hasta el paredón de fusilamiento para morir gritando "¡Viva Italia!". Nuestro general della Rovere aparece cuando el fascismo es sólo un recuerdo, para decir: "¿Os acordáis de aquel mítico resistente antifascista? Sono io".

Ayer entré en la farmacia de mi barrio para comprar algo para una inflamación de garganta que se me declaró al levantarme y vi un anuncio de cremas faciales para chicas con un eslogan irresistible: "Corrige el pasado". El oficio de remiendavirgos aún tiene mucho porvenir entre nosotros.


SANTIAGO GONZÁLEZ

HIPERINFLACÇÃO



A inflacção nunca é boa, e a hiperinflada quantidade de terroristas árabes a trocar pelo soldado israeli Gilad Shalit tem passado há tempo a linha vermelha. Mais de um milhar! Pensade nos milheiros de ataques que esses terroristas poderão protagonizar a próxima vez. Tudo quanto têm que fazeer é seqüestrar um soldado israeli, e as prisdsões ficarão vazias.

A campanha a prol de Gilad Shalkit está-se levando rematadamente mal. Já o tenho sinalado anteriormente.

Deveríamos exigir que fosse posto em liberdade e centrar toda a pressão na Cruz Vermelha Internacional e em todos e cada um dos países que mantêm relações com os terroristas.

E deixar-nos de regatear. Isso não funciona.

Não duvido que as variadas organizações e manifestantes que exigem que Shalit volva a casa tenham as melhores das intenções, mas de boas intenções está cheio o Inferno. Têm convertido um penoso incidente num inferno, e os dirigentes e a família negam-se a admitir que a sua táctica é totalmente contraproduzente.


Não é ante a Residência do Primeiroi Ministro israeli onded deveriam ter acudido a manifestar-se, nem ante nenhuma instituição oficial de Israel.

O movimento de protesta Traede a Gilad Shalit a Casa tal e como existe neste momento é um grave erro, equivocado e perigoso como o é Paz Agora (uma organização que o único que faz é envalentonar aos nossos inimigos provocando mais guerra e terror).

As protestas, manifestações e petições deveriam centrar-se nos que o apoiam, nos que cooperam com o que o têm seqüestrado e nos que ignoram tamanhe injustiza.

Ide-vos manifestar ante:

A Cruz Vermelha Internacional.
A ONU.
A Embaixada dos EEUU, os seus Consulados, etc.
As Embaixadas e Consulados europeus.
As oficinas de ONG’s e grupos de Direitos Humanos com sede em Israel.
As oficinas da “Autoridade Palestiniana”.

Gilad Shalit não está num cárcere israeli. Portanto, Israel não tem a responsabilkidade de libertá-lo.

E por suposto que deveria ser libertado e enviado a casa. Mas o único modo aceitável de lográ-lo é cambiando o ponto de mira da campanha.


BATYA MEDAD

INSTRUCCIONES PARA HACER EL INDIO


Tras la soberbia escena cómica de Zapatero en Copenhague, cuando dio en hacer el indio parafraseando la famosa carta ful del piel roja Seattle al presidente de los rostros pálidos, hay algo más que simple indigencia cultural. De hecho, bajo la estomagante cursilería de la frasecita yace, incólume, el mito que alimentó el discurso prometéico de la izquierda a lo largo de las dos últimas centurias: la fantasía del buen salvaje. Esa leyenda urbana que ansía recrear la memoria atávica de un hombre "natural", magnánimo, generoso, libre y gozosamente feliz; idílica criatura cuya inocencia primigenia habría de ser corrompida por la vida en sociedad y sus funestos corolarios: el Estado, la división en clases y la propiedad privada.

Desde que aquel trilero de las ideas que respondía por Rousseau ingeniara ese tocomocho antropológico, legiones de traficantes de sentimientos no han cesado de hacer negocio con la misma estafa. En el siglo XX, la utopía, nombre artístico por el que también es conocida, llenó de cadáveres las cunetas de la Historia gracias a los dos hermanos gemelos que entonces la encarnaban: el comunismo y el nazismo. Ahora, el ecologismo, ideología que mantiene una relación con la ecología pareja a la de la velocidad con el tocino, se ha convertido en la nueva expresión política de una fábula siempre igual a sí misma. Y como todas las creencias que se sustentan en emociones, ha sabido buscar alojo en esa región del cerebro donde el miedo y el sentimiento de culpa incuban un microclima moral apto para la más pura irracionalidad.


Es ese milenarismo apocalíptico lo que late detrás de la gansada zapateril, algo en las antípodas doctrinales del muy prosaico principio de que quien contamina, paga. Lejos de eso, se trata de una actualización de la vieja retórica mesiánica de la "explotación del hombre por el hombre", con la nimia salvedad argumental de que al capital opresor le ha dado por extraer la plusvalía directamente de la Naturaleza. No obstante, amigos, "cuando el último piel roja se desvanezca de la tierra y su memoria sea solamente una sombra de una nube atravesando la pradera, estas riberas y praderas estarán aun retenidas por los espíritus de nuestra gente", que diría el ectoplasma de Seattle. O Zapatero, que tanto monta.


JOSÉ GARCIA DOMINGUEZ

BARAK PREPARA-SE PARA UMA GUERRA CIVIL



O Ministro de Defesa israeli, Ehur Barak, “tem toleado”, segundo o membro da Knesset Aryeh Eldad (União Nacional), que comentou os planos de batalha de Barak para implementar pela força as ordes de destrucção contra qualquer nova construcção judia em Judea e Samaria. Segundo destacaram todos os grandes rotativos israelis nas edições de ontem, os preparativos de guerra contra os pioneiros judeus em Yesha [Yehuda e Shomron] in cluirão força aérea, polícia secreta e Shin Bet, toda a polícia de fronteiraas estacionada na região, despregue das IDF e dos esquadrões ánti-terroristas Yamam. O Ministro israeli de Seguridade Interior negou que a unidade Yamam vaia ser despregada –sem embargo, não objectou o resto da impactante informação, que revela alguns dos métodos que seriam utilizados para colher aos “colonos” com a garda baixa; declarar baixo toque de queda militar as vilas judias; intervir todas as comunicações telefónicas; arrodear os judeus tras isolar as suas localidades simultaneamente, com agrupação massiva de tropas; e estar preparados para usar medidas de força extremas chegado o caso –incluíndo um cenário de fogo cruzado.


Semelha que Barak está preparando o terreno para uma sanguenta guerra civil, D’us não o queira. E tudo a partir da proibição do Governo de Israel aos seus cidadãos judeus de iniciar qualquer construcção no coração do Estado judeu.

Que rápido temos esquecido o dano irreversível causado às IDF e ao Estado de Israel, como resultado da agrupação massiva de recursos militares despregados em Gush Katif e o norte de Shomron para expulsar aos seus judeus em 2005. O lamentável estado de coisas a que dou pê nas IDF, nas postrimerias da “expulsão” fixo-se evidente na guerra que teve lugar acto seguido no Líbano. E a explicação é simples: as IDF necessitam concentrar toda a sua potença e capazidade na defesa da minúscula nação israeli e a sua população. Quando Israel centra os seus esforzos em combater contra os próprios judeus, vai sempre em detrimento da seguridade de todo o Estado de Israel.



VOZ DE JUDEA